domingo, 8 de novembro de 2009

Sobre o Brasil: para pensarmos!

Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o Brasil, realmente parece que é um vício falar mal do Brasil. Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior eles maximizam os positivos, enquanto no Brasil se maximizam os negativos. Aqui na Holanda, os resultados das eleições demoram horrores porque não há nada automatizado.
Só existe uma companhia telefônica e pasmem!: Se você ligar reclamando do serviço, corre o risco de ter seu telefone temporariamente desconectado.

Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de enrolar o
sanduíche em um guardanapo - ou de lavar as mãos antes de comer. Nas padarias, feiras e açougues europeus, os atendentes recebem o dinheiro e com mesma mão suja entregam o pão ou a carne.

Em Londres, existe um lugar famosíssimo que vende batatas fritas
enroladas em folhas de jornal - e tem fila na porta.

Na Europa, não-fumante é minoria. Se pedir mesa de não-fumante, o garçom ri na sua cara, porque não existe. Fumam até em elevador.

Em Paris, os garçons são conhecidos por seu mau humor e grosseria e
qualquer garçom de botequim no Brasil podia ir pra lá dar aulas de 'Como conquistar o Cliente'.

Você sabe como as grandes potências fazem para destruir um povo? Impõem suas crenças e cultura. Se você parar para observar, em todo filme dos EUA a bandeira nacional aparece, e geralmente na hora em que estamos emotivos..

Vocês têm uma língua que, apesar de não se parecer quase nada com a língua portuguesa, é chamada de língua portuguesa, enquanto que as empresas de software a chamam de português brasileiro, porque não conseguem se comunicar com os seus usuários brasileiros através da língua Portuguesa.

Os brasileiros são vitimas de vários crimes contra a pátria, crenças, cultura, língua, etc... Os brasileiros mais esclarecidos sabem que temos muitas razões para resgatar suas raízes culturais.

Os dados são da Antropos Consulting:

1. O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.

2. O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma.

3. Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária.

4. Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundiais: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo.

5.. Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautas brasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na América Latina.

6. No Brasil, há 14 fábricas de veículos instaladas e outras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma.

7. Das crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, 97,3% estão estudando.

8. O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês.

Na telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas.

10. Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISO-9000, maior número entre os países em desenvolvimento. No México, são apenas 300 empresas e 265 na Argentina.

11. O Brasil é o segundo maior mercado de jatos e helicópteros executivos.

Por que vocês têm esse vício de só falar mal do Brasil?

1. Por que não se orgulham em dizer que o mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano?

2. Que têm o mais moderno sistema bancário do planeta?

3. Que suas agências de publicidade ganham os melhores e maiores prêmios mundiais?

4. Por que não falam que são o país mais empreendedor do mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários?

5. Por que não dizem que são hoje a terceira maior democracia do mundo?

6. Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados?

7. Por que não se lembram que o povo brasileiro é um povo hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para atendê-los bem?

Por que não se orgulham de ser um povo que faz piada da própria desgraça e que enfrenta os desgostos sambando.

É! O Brasil é um país abençoado de fato.
Bendito este povo, que possui a magia de unir todas as raças, de todos os credos.

Bendito este povo, que sabe entender todos os sotaques.
Bendito este povo, que oferece todos os tipos de climas para contentar toda gente.
Bendita seja, querida pátria chamada
Brasil!!

Divulgue esta mensagem para o máximo de pessoas que você puder. Com essa atitude, talvez não consigamos mudar o modo de pensar de cada brasileiro, mas ao ler estas palavras irá, pelo menos, por alguns momentos, refletir e se orgulhar de ser BRASILEIRO!!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Você é insubstituível!

Será mesmo que você é substituível?

Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores.
Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: "ninguém é insubstituível".

A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada. De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:

- Alguma pergunta?

- Tenho sim. E o Beethoven?

- Como? - encara o gestor confuso.

- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu o Beethoven?

Silêncio.

Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso.

Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.

Quem substitui Beethoven? Tom Jobim? Vitor Armani? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Albert Einstein? Picasso? Zico? Todos esses talentos marcaram a História fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis.

Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar 'seus gaps'.

Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis obsessivo... O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.

Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.

Se seu gerente/coordenador, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo e Gisele Bündchen por ter nariz grande. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.

Quando o Zacarias dos Trapalhões faleceu, ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim:

"Estamos todos muitos tristes com a partida de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos:.. Ninguém... pois nosso Zaca é insubstituível"

Portanto nunca esqueça: Você é um talento único....com toda certeza ninguém te substituirá.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

A DOR QUE DÓI MAIS - Martha Medeiros

Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

É importante prestar atenção em atitudes

OS BRASILEIROS SÃO ASSIM:

- Saqueiam cargas de veículos acidentados nas estradas.
- Estacionam nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas de proibição.
- Subornam ou tentam subornar quando são pegos cometendo infração.
- Trocam votos por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, dentadura.
- Falam no celular enquanto dirigem.
- Trafegam pela direita nos acostamentos num congestionamento.
- Param em filas duplas, triplas, em frente as escolas
- Violam a lei do silêncio.
- Dirigem após consumirem bebida alcoólica.
- Furam filas nos bancos , utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas.
- Espalham mesas , churrasqueiras nas calçadas.
- Pegam atestados médicos sem estar doentes, só para faltar ao trabalho.
- Fazem gato de luz, de água e de tv a cabo.
- Registram imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes
irrisórios , tentando pagar menos impostos.
- Compram recibos para abater na declaração do imposto de renda para pagar
menos imposto.
- Mentem sobre a cor da pele para ingressar na universidade através do
sistema de cotas.
- Quando viajam a serviço pela empresa, se o almoço custou 10 pedem nota de
20.
- Comercializam objetos doados nessas campanhas de catástrofes.
- Estacionam em vagas exclusivas para deficientes.
- Adulteram o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse pouco
rodado.
- Compram produtos piratas com a plena consciência de que são piratas.
- Substituem o catalizador do carro por um que só tem a casca....
- Diminuem a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do
ônibus, pulam as catracas do metrô sem pagar passagem.
- Emplacam o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.
- Frequentam os caça-níqueis e fazem uma fezinha no jogo de bicho.
- Levam das empresas, onde trabalham, pequenos objetos como clips,
envelopes, canetas, lapis.... como se isso não fosse roubo.
- Comercializam os vales transportes e vale refeição que recebem das
empresas onde trabalham.
- Mãe e filha ficam em filas diferentes para ver quem chega primeiro.
- Falsificam tudo, tudo mesmo... só não falsificam aquilo que ainda não foi
inventado...
- Quando voltam do exterior, nunca falam a verdade quando o policial
pergunta o que trazem na bagagem...
- Quando encontram algum objeto perdido, a maioria não devolve.

E querem que os políticos sejam honestos?...
se escandalizam com a farra das passagens aéreas...
Estes políticos, que aí estão, saíram do meio desse mesmo povo.... ou não ?

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Charges Sobre o Sarney






Diante da certeza de que eles vencerão, que jamais pagarão por seus crimes, que continuarão ricos e corruptos, e até mesmo respeitáveis, resta-nos ridicularizar suas figuras toscas, seusfigurinos grotescos, seus cabelos tingidos, suas caras botocadas. Para que suas esposas e amantes leiam, e seus filhos se envergonhem deles no colégio. Como nós nos envergonhamos todo dia. ( Nelson Motta )


Só a Internet lava a alma dos ofendidos...

sábado, 13 de junho de 2009

TROQUE UM PARLAMENTAR POR 344 PROFESSORES

Prezado amigo!
Sou professor de Física, de ensino médio de uma escola pública em uma cidade
do interior da Bahia e gostaria de expor a você o meu salário bruto mensal:
R$650,00
Eu fico com vergonha até de dizer, mas meu salário é R$650,00. Isso mesmo! E
olha que eu ganho mais que outros colegas de profissão que não possuem um
curso superior como eu e recebem minguados R$440,00. Será que alguém acha
que, com um salário assim, a rede de ensino poderá contar com professores
competentes e dispostos a ensinar?
Não querendo generalizar, pois ainda existem bons professores lecionando,
atualmente a regra é essa: O professor faz de conta que dá aula, o aluno faz
de conta que aprende, o Governo faz de conta que paga e a escola aprova o
aluno mal preparado. Incrível, mas é a pura verdade! Sinceramente, eu
leciono porque sou um idealista e atualmente vejo a profissão como um
trabalho social. Mas nessa semana, o soco que tomei na boca do estomago do
meu idealismo foi duro!
Descobri que um parlamentar brasileiro custa para o país R$10,2 milhões por
ano. São os parlamentares mais caros do mundo. O minuto trabalhado aqui
custa ao contribuinte R$11.545.
Na Itália, são gastos com parlamentares R$3,9 milhões, na França, pouco mais
de R$2,8 milhões, na Espanha, cada parlamentar custa por ano R$850 mil e na
vizinha, Argentina, R$1,3 milhões.
Trocando em miúdos, um parlamentar custa ao país, por baixo, 688 professores
com curso superior !
Diante dos fatos, gostaria muito, amigo, que você divulgasse minha campanha,
na qual o lema será:
'TROQUE UM PARLAMENTAR POR 344 PROFESSORES'..
COMO VOCE VAI VOTAR DEPOIS DE LER ESTA MATÉRIA??
REPASSEM, EU JÁ ADERI À CAMPANHA!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Entre a dignidade e o escracho

Nação assistiu ao embate entre a dignidade e o escracho.

O ministro Joaquim Barbosa não se deixa humilhar pelo protetor do bisneto do Barão de Jeremoabo (o maior latifundiário do Brasil Império) e diz na Corte Suprema o que há muito o povo gostaria de dizer.

IDP - Instituto Brasiliense de Direito Público

Alguém já entrou no site do IDP - Instituto Brasiliense de Direito Público, que é de propriedade do Ministro Gilmar Mendes?

Entre os professores desse instituto estão os senhores Eros Roberto Grau, Marco Aurélio Mendes de Faria Mello, Carlos Ayres Britto, Carlos Alberto Menezes Direito e a senhora Cármen Lúcia Antunes Rocha (cinco Ministros do Supremo). Ou seja, alguns dos Ministros do Supremo também são funcionários, empregados, prestadores de serviço ou contratados, seja lá como possa ser definida legalmente a relação deles com o IDP do Presidente do Supremo. Também está na relação o Ministro Nelson Jobim.

Será que não estariam ética e moralmente impedidos de se manifestar em relação à discussão entre Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes? Nesse caso não haveria conflito de interesses, já que de alguma maneira os citados têm um vínculo com o Presidente do Supremo que envolve remuneração?

Aliás, pesa sobre o IDB supeitas de tenebrosas transações. Essas suspeitas foram levantadas em denúncias veiculadas pela imprensa independente. Talvez não merecessem ser apuradas, até mesmo para resguardar a respeitabilidade do STF e de seus ministros?

A lista dos professores do IDP está em http://www.idp.edu.br/web/idp/content/index/id/71

FONTE: http://www.socialismo.org.br/portal/politica/48-noticia/883-stf-joaquim-barbosa-versus-gilmar-mendes

sexta-feira, 13 de março de 2009

Proposta Importante!

Uma idéia muito boa do Senador Cristovam Buarque

Projeto obriga políticos a matricularem seus filhos em Escolas públicas.

Trata-se de um movimento de apoio à idéia do senador Cristovam Buarque, que era candidato a presidente com a proposta da educação. Ele apresentou um projeto de lei propondo que todo político eleito (vereador, prefeito, deputado, etc.) seja obrigado a colocar os filhos na escola pública. As conseqüências seriam as melhores possíveis.. Quando os políticos se virem obrigados a colocar seus filhos na escola pública, a qualidade do ensino no país irá melhorar. E todos sabem das implicações decorrentes do ensino público que temos no Brasil.

SE VOCÊ CONCORDA COM A IDÉIA DO SENADOR, DIVULGUE ESSA MENSAGEM e ajude a REALIZAR essa idéia. Ela pode, realmente, mudar a realidade do nosso país. O projeto PASSARÁ, SE HOUVER A PRESSÃO DA OPINIÃO PÚBLICA.

http://www.senado.gov.br/sf/ atividade/Materia/detalhes. asp?p_cod_mate=82166

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

O FIM DA INDUSTRIA DA MÚSICA

O que segue é a resenha do New York Times para a obra, sucedida pela íntegra da “orelha” do livro, ainda não disponível em português.

Imagem
Quando As Gravadoras Lutaram Contra o Digital, e o Digital Venceu

(nota do tradutor: referência à notória letra do grupo inglês The Clash, onde o refrão bradava “I Fought The Law/And The Law Won” [Eu lutei conta a lei/e a lei venceu]).

Por DWIGHT GARNER
Publicado originalmente em 6 de Janeiro de 2009

“Não dá pra enrolar um baseado num iPod,” disse a cantora/compositora Shelby Lynne à Revista do New York Times no começo do ano passado. E, ok, eu acho que isso está entre as desvantagens do iPod. Mas é difícil pensar num recurso eletrônico lançado nas últimas décadas que tenha trazido mais prazer a mais pessoas do que ele.

Alguém deveria se importar com o fato de que, nesse processo, o iPod tenha matado a indústria musical que conhecíamos? Talvez não, escreve Steve Knopper em “Apetite For Self-Destruction,” (A Espetacular Queda da Indústria Fonográfica na Era Digital, Steve Knopper, 301 páginas, Free Press, $26 dólares) sua incisiva versão dos erros que as grandes gravadoras cometeram desde o fim do LP e a chegada da música digital. Estes dinossauros, sugere ele, são responsáveis em grande parte por sua própria extinção.

O Sr. Knopper, um editor-colaborador da (publicação de entretenimento norte-americana) Rolling Stone, fornece uma visão angular e moralmente complicada do atual estado da indústria da música. Ele não deixa os que copiam e gravam CDs entre nós – ou seja, aqueles que baixam canções digitalizadas sem pagar por elas, e vocês sabem quem vocês são - inteiramente sem culpa. Mas ele sugere que mesmo com um pouco de visão, os selos musicais poderiam ter se adaptado às brutais e complicadas novas realidades da Internet e sobrevivido.

Essa é uma história que começa nos primórdios dos anos 80, quando a música digital chegou, primeiramente na forma do CD. A princípio, sugere o Sr. Knopper, quase todo mundo estava apavorado com esses pequenos e reluzentes novos brinquedos.

As gravadoras se preocuparam com a pirataria digital e como adaptar as fábricas que produziam LPs de vinil. As lojas de discos não queriam comprar novas prateleiras de exposição. Os produtores se preocupavam com os efeitos nas sessões de gravação, agora que qualquer passo e batida de porta seriam audíveis. Um grupo chamado MAD (Musicians Against Digital – Músicos Contra o Digital) formou-se prontamente, e artistas como Neil Young declararam que os CDs não tinham alma.

“A mente foi enganada,” disse Young na época, parecendo um pouco como (o personagem da série cinematográfica ‘Guerra Nas Estrelas’) Yoda, “mas o coração está triste.”

Os selos entraram no meio porque eles poderiam subir os preços. (LPs, na época, eram vendidos por cerca de 9 dólares; a maioria dos CDs custava quase o dobro disso.) As gravadoras também podiam renegociar contratos com artistas e forçar os consumidores a comprar coleções de discos inteiras novamente. De acordo com Knopper, os executivos também achavam que era legal assistir “àquela gavetinha abrir e fechar” nos CD players.

Os produtores e artistas também se uniram, afirma Knopper, porque o CD “simplesmente tinha um som melhor do que o LP, não importa o quanto seus detratores queixem-se até hoje sobre a perda do som analógico rico e quente.” Mas as lojas de discos permaneceram na resistência, e assim a existência das capas de papelão e das “longboxes” de plástico – lembram-se delas? - continuou até o começo dos anos 90 (o autor nos lembra de que no filme “Defending Your Life” o personagem de Albert Brooks morre ao tentar abrir uma enquanto dirigia).

“O boom do CD durou de 1984 a 2000”, escreve Knopper. Daí o restante de velhos erros e uma onda de novas realidades começou a martelar a indústria musical por todos os lados.
Uma das primeiras coisas que os selos fizeram de errado, diz Knopper, foi a eliminação do single. Isso forçou os jovens a largarem o hábito de visitar lojas de discos com regularidade e forçou-os a comprar um disco inteiro para ter a canção que eles queriam. A curto prazo isso era uma boa prática de comércio. A longo prazo isso provocou animosidade. Foi suicida.

Quando o Napster e outros websites de compartilhamento de música apareceram, o single voltou para se vingar. Em pouco tempo, o MP3 – o termo comumente usado para arquivos de áudio digitalmente comprimidos e facilmente trocados – tivesse substituído o sexo como o termo mais procurado em sites como Yahoo! e AltaVista.

A indústria musical travou a vinda do Napster. Ao invés de fechar um acordo com o serviço que tinha mais de 26 milhões de usuários, os selos o processaram, forçando-o a fechar. O resultado, escreve Knopper, foi que os usuários simplesmente se fracionaram, indo para muitos outros sites de compartilhamento de arquivos. “Aquela foi a última chance,” ele declara, “para a indústria fonográfica que conhecemos livrar-se da ruína certa.”

Algumas das sementes dessa epopéia foram plantadas muito antes, durante uma briga da indústria no meio dos anos 80 pela Digital Áudio Tape (DAT). Dispositivos foram instalador nos tocadores dessas fitas para limitar cópias. Mas os selos tiveram pouca visão ao ignorarem as copiadoras de CD nos computadores. Os usuários podiam copiar música quase infinitamente nelas. Oops. “Eles vacilaram,” um executivo de vendas da Sony disse. “Completamente.”

As seções finais de “Apetite for Self-Destruction” descrevem a chegada de Steve Jobs e da Apple no pedaço. O lançamento do iPod foi um tipo de tiro de misericórdia para a indústria moribunda. Em pouco tempo, a Apple tornou-se a maior varejista de música dos EUA. Os executivos da música observavam, catatônicos e indefesos. “A Apple tinha basicamente tomado todo o mercado musical,” escreve Knopper.
Ele pinta um quadro devastador de jabaculê, corrupção, ganância e má fé da indústria ao longo de décadas. ("Esse negócio não é cheio de Martin Luther Kings,” um ex-executivo da música admite.)

É uma pena que esses interessantes argumentos e observações estejam tão misturados num livro pouco gratificante. A prosa em “Apetite for self-Destruction” é mal-passada, cheia de clichês (as apostas são sempre altas, pessoas constantemente têm seu tapete puxado, vendetas são executadas) e descrições estranhas. Michael Jackson “dançava como um anjo para trás, estrilava e gritava agudos”; o executivo da Sony Tommy Mottola “vestia correntes de ouro e jaquetas de couro roxo e tinha um visual cool.”

Além disso, Knopper aparentemente não teve acesso a muitos dos figurões dessa história, incluindo o Sr. Jobs. Sua versão recicla material coberto em livros mais antigos e melhores, como “Hit Men” de Fredric Dannen e “The Perfect Thing” de Steven Levy.

As gravadoras acharam, nos últimos anos, algumas novas razões para ter fé. Ringtones tornaram-se um negócio sério. Jogos para computador como Guitar Hero e Rock Band decolaram, e precisam ser alimentados com músicas novas. E sempre haverá a esperança que o quase monopólio da Apple sobre as vendas de música será quebrado por outros mecanismos e serviços, permitindo aos selos pechinchar por uma fatia maior na venda de canções.

Essa poderia ser uma longa espera. A Apple será sempre difícil de bater. O Sr. Jobs está provavelmente trabalhando agora num iPod que vai enrolar o baseado de Shelby Lynne pra ela.

Este artigo foi revisado para refletir a seguinte correção, feita em 14 de janeiro de 2009:

A resenha do Livro do (New York) Times na última quarta-feira, sobre “Apetite for Self-Destruction: A Espetacular Queda da Indústria Musical na era Digital, “ por Steve Knopper, referiu-se erroneamente aos esforços de limitar a cópia de música nas fitas DAT (Digital Audio Tapes) no meio dos anos 80. Dispositivos chamados de widgets foram instalados em tocadores de fita para limitar as cópias; as gravadoras não os instalaram nas fitas em si.

Descrição/Orelha

Pela primeira vez, "Apetite for Self-Destruction" reconta a história épica da eminente ascensão e queda da indústria musical ao longo das últimas três décadas, quando o sucesso inacreditável do CD tornou o mercado musical numa das indústrias mais glamurosas e poderosas no mundo – e o advento do compartilhamento de arquivos a pôs de joelhos. Num relato abrangente e ágil, cheio de personalidades grandiosas, o editor colaborador da Rolling Stone, Steve Knopper mostra que, depois da incrível riqueza e excesso dos anos 80 e 90, a Sony, a Warner e as outras potências causaram sua própria queda ao longo de anos de negação e decisões ruins mediante os avanços dramáticos da tecnologia.

A indústria musical tem estado dormindo ao volante desde que o Napster revolucionou a maneira que a música era distribuída nos anos 90. Agora, uma vez que pessoas poderosas como Doug Morris e Tommy Mottola falharam ao reconhecer o incrível potencial da tecnologia de compartilhamento de arquivos, os selos fonográficos estão em risco de tornarem-se completamente obsoletos. Knopper, que tem escrito sobre a indústria por mais de dez anos, tem acesso único àqueles intimamente envolvidos nos altos e baixos do mundo da música.

Baseado em entrevistas com mais de duzentas fontes da indústria musical – desde o diretor da Warner Music Edgar Bronfman Jr. até o renegado criador do Napster, Shawn Fanning – Knopper é o primeiro a oferecer tão detalhado e arrebatador histórico contemporâneo da selvagem incursão da indústria ao longo das três últimas décadas. Do nascimento do CD, passando pela explosão das vendas do formato nos anos 80 e 90, a ascensão do Napster, e as conferências secretas que levaram ao iTunes, até o atual colapso da indústria enquanto as vendas de CD caem vertiginosamente, Knopper nos leva para dentro de salas de reunião, estúdios de gravação, grandes propriedades privadas, laboratórios de informática em garagens, jatos particulares, conflitos corporativos, e negociatas secretas dos nomes célebres e os poderosos dos bastidores que fizeram tudo isso acontecer.

Com retratos inesquecíveis dos poderosos e ex-poderosos do mundo da música, relatos detalhados de idéias tanto brilhantes como estúpidas trazidas à execução ou deixadas na sala de edição; os podres em esquemas escusos, negociatas e brigas, e muitas histórias jamais antes reportadas, Apetite for Self-Destruction é uma leitura arrebatadora, informativa e altamente divertida. Ele oferece uma ampla perspectiva do atual estado da indústria musical, como ela entrou nesses caminhos sinuosos e pra onde ela vai – uma história de alerta para a era digital.

Fontes:
NY Times
Simon & Schuster

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

CHEGOU CUTUCANO! CHEGOU CUTUCANO!

O Carnaval 2009 se aproxima e o Cutucano Atrás vem mostrar que não só suas raízes e seus tênis são bambas, mas os seus dentes também. E com o enredo "Meu Sorriso Está No Copo", o Cutucano pretende, assim como os dentistas, colocar o bloco na rua e na boca daqueles que estão com o sorriso desfalcado.
O riso frouxo será a marca do enredo deste ano, que promete estourar a boca do balão. E para isso, a Diretoria do Cutucano Atrás promete defender o enredo com unhas e (poucos) dentes, mas sempre com cuidado para não estragar o esmalte.

Então, não perca o bloco mais boêmio do Rio de Janeiro. Traga sua família, amigos e Coregas. O Cutucano Atrás desfilará no próximo dia 14 de fevereiro, sábado anterior ao Carnaval, na orla do Leme. O bloco até foi convidado para desfilar na Intendente Magalhães, mas se Intendente, não teria a ver com o enredo. Por isso, o Cutucano se concentrará, como sempre, no quiosque Antonio's, quase em frente ao restaurante Fiorentina.

Sábado, dia 14/02
Concentração: a partir das 16h
Desfile: 19h01
Término do desfile: 19h05
Dispersão: variação do índice de refração num meio de acordo com o comprimento de onda da radiação. Ou seja, até o último boêmio de pé.


Aproveite que acabamos de fazer um updente no nosso site para fazer uma visita e conhecer um pouco mais sobre o bloco e o enredo 2009: www.cutucanoatras.com.br

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Piores filmes de 2008


Mantive minha média de 200 filmes por ano, mas nem por isso saí satisfeito. Estou vendo o mercado de DVD morrer diante dos nossos olhos, sufocado pela pirataria incessante (a pior é que a simplesmente copia os filmes que estão nas locadoras), e agora vejo com dúvida a força que estão dando para o Blue Ray (eu não aderi, por enquanto espero a chegada da Alta Definição para se ver como realmente fica. O que pode demorar. Não duvido que a gente pule esse Blue Ray e já partamos para a nova tecnologia que surgirá em breve e dessa vez downloading em casa).
Neste clima de confusão, caos e agora crise generalizada (ainda que o governo tente minimizar tudo), o cinema esteve muito mal. E acho que se acabarem com a meia entrada vai ficar ainda pior. Não pensem que as pessoas continuarão indo ao cinema. Por que custa a cair a ficha de que cinema é muito caro para brasileiro. Sai muito caro ir a cinema e o que precisamos não é de lugares marcados (o que é besteira, eu odeio porque nunca sei onde quero sentar, mas como não funciona mesmo, porque as salas estão invariavelmente vazias, é desperdício de tempo). E hoje em dia, até jovem prefere ficar em casa diante do computador, baixando series de tevê, jogando vídeo game, falando no orkut e fazendo amigos ou sexo. Acordem porque o cinema está em perigo.
Isso explica porque a febre atual de abrir salas preparadas para a Terceira Dimensão, que também como tudo na vida irá durar pouco.
Não gostei da média geral dos filmes lançados este ano. Ao fazer uma lista, foram muitos os indicados e deixando de lado os brasileiros (até agora por exemplo eu não vi Bezerra de Menezes, que foi bem mas dizem ser pavoroso). Eis uma lista não exaustiva de alguns piores de 2008
9) Speed Racer dos Irmãos Wachovski- Não achei tão ruim mas foi o maior fracasso do ano, a Warner perdeu milhões. O filme tinha seu charme, mas infelizmente o público o rejeitou inteiramente.
8) Jumper, de Doug Liman - Que idéia boa, mais mal realizada, com o pior ator do ano Hayden Christensen.

7) 10 000 A.C. , de Roland Emmerich - A volta do filme pré histórico, numa besteira sem limites e sem impacto.
6) – Missão Babilônia, de Matthieu Kassovitz. O diretor mais uma vez renega seu trabalho e vai para a imprensa acabar com o que o fizeram com o filme na montagem final. Será que não aprende a calar a boca?
5) Arquivo X Eu quero Acreditar – de Chris Carter - O Próprio criador da série consegue acabar com ela, fazendo um longa metragem completamente fora de tom, uma fita de terror de tortura, idiota e violenta, sem qualquer conspiração digna de nota.
4) Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal - Muito chato e "cá entre nós", ninguem esta muito preocupado com as aventuras de Indiana Jones.Deixem o Harrison Ford descansar em paz.

3) O Vidente - Nicolas Cage mais careteiro do que e uma Julliane Moore perdida diante de tanta bobagem junta em apenas um filme.

2) Violência Gratuita, de Michael Haneke - Refilmagem plano a plano, igualzinho a versão homônima alemã do mesmo diretor. Um filme asqueroso que faz exatamente o oposto do que se propõe, divulgando e promovendo a violência sem propósito.
1) Fim dos tempos de M. Night Shyamalan. O público que pediu, porque o espectador odeia este filme que até tem idéia interessante, sobre algo inesperado que para várias cidades americana. É uma espécie de revolta das plantas, ecológica. Mas tudo é muito mal feito e mal resolvido. O diretor de Sexto Sentido caminha para o esquecimento e desprezo